quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Receita instantânea



Uma dúzia de palavras
Um liquidificador
Uma peneira.
Uma faca


Corte a dúzia inteira de palavras em picadinhos até ficarem em letras.
Após o corte coloque todas as letras dentro do liquidificador.
Bata por dois minutos somente.
Derrame todo o conteúdo triturado na peneira e balance bem.
Pegue as vírgulas que ficaram dentro da peneira e jogue novamente no liquidificador e bata por mais trinta segundos.

Agora junte o que já foi peneirado com o conteúdo que foi triturado novamente em uma bandeja.

Leve a geladeira por 10 segundos.

Pronto.

Pode ser servido como várias reticências em porções separadas ou então em uma porção enorme de ponto final.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

..."Nem chego perto de tamborim."

sexta-feira, 16 de julho de 2010

"Ando sonhando tanto
e é tão real
que meus dias parecem dividos
somente por este jogo
de claro-escuro"


O tempo não pára... e minha mente também não... nem quando durmo.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Enquanto a greve não acaba ...




...Vai algo que me veio na cabeça pela manhã:

"O poeta é tão apaixonado pelas palavras que só consegue matar verdadeiramente a sua fome com uma consistente sopa de letrinhas."

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D.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A greve das palavras


Assassinaram a poesia e não há testemunhas confiáveis.
Céu disse que ao ver medo atirando até escureceu. Árvore falou que ao presenciar aquilo deixou algumas folhas secas caírem no local.
Terra, bem próxima da grama, afirmou ter suado frio ficando toda molhada.
Porém verdade desmascarou todas as testemunhas: O céu estava escuro pois era noite. Árvore deixou cada folha cair pois era fim de Outono e terra até parecia ter suado frio com grama ao lado, em cima, não sei... Mas a verdade é que ela estava assim devido a massa de ar fria e úmida que veio do Sul nos últimos tempos.

Ao contrário dos assassinatos comuns, nenhum curioso apareceu logo para ver o tal defunto. Não teve muvuca.
Banco continuou ali estático... com sua madeira de criado mudo... em estado de choque térmico esperando o atendimento (Para poesia e para ele que até agora não conseguiu falar nada para a perícia). Aprendizado chegou um tempão depois para recolher o "corpo".

Ali no chão só restou uma poça de letras que não são vermelhas nem pretas e ninguém se interessou por elas. Algumas, coitadas, se juntavam com a maior dificuldade formando umas sílabas, mas com poesia sem vida não conseguiam ficar nem 10 segundos juntas.

Curioso que, minutos depois do recolhimento, Verdade foi interrogar medo e ele jogou toda a culpa pra cima da confusão alegando também que o muro no qual estava escondido pra atirar não foi ele quem construiu. Verdade nem se quer prendeu Medo. Nem quer chegar perto na verdade dela pois ele já se encontra em cela especial e pode atingir qualquer um.

E então Medo continua lá, sentado, prendendo e aprisionado na própria cela.
Verdade, irônica, teve hora que até riu da situação.

Poesia, novinha tadinha, nem viveu direito e já morreu, se foi....Mas pra onde? Debaixo da terra, jogada no mar?
Dizem que evaporou...E sem sol algum.

(Este texto não é nada confiável também pois o mesmo foi feito com letras que vieram no vento a um certo papel. Jornalistas até tentaram dar a notícia em primeira mão, mas a maioria das palavras se embaralharam e saíram da tela.
Eles só conseguiram entender, depois de muito esforço e tempo, o que elas mostravam repetidas vezes: As palavras entraram em greve!!! )


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sábado, 12 de junho de 2010


"E atée queem me vêee


Lendo o jornaal



Na fila do pãao"
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Sabe que eu to com fome e acabei de acordar!



Feliz dia dos solteiros! rsrsrs


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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Discussão



E ela perguntava para seu Eu: _Por que tenho tanto sentimento em mim que chega a transbordar?
Seu Eu respondia: _ Não sei, acho que quando você foi passar naquelas filas de pegar as coisas para nascer, passou na fila do coração e pediu mais um.
Ela:_ Mas eu nasci com um só, ora!
Seu Eu:_ Sim, nascemos com um só, porém você, com cara de pidona, pediu mais uma colheradinha e a "tia", em um gesto escondido, te deu um pouco mais de sentimento.
Ela: _ Droga, vai ser burra assim longe heim! Pior que nem lembro. Fico pensando as vezes sobre ser assim e pior que fico brava quando vejo alguém dizendo que ama outra pessoa em um dia e no outro diz "to de saco cheio já", sendo que eu vivo com o coração cheio... Todos deveriam ser assim, sem saco, apenas com coração. Ou então eu que deveria ser de outro jeito.
Seu Eu: _Pare de reclamar, se quer vir contra mim, pois que venha, mas aviso que não vai ser bom.

Ela e seu Eu discutiram o dia todo.
Ela então decidiu falar com uma amiga (que também deve ter pedido mais coração antes de nascer) sobre essa discussão toda.

Sua amiga lhe disse: _ A questão é: Vivemos no ápice ou no chão...Não equalizamos que nem todo mundo.

Ela e seu Eu ficaram mudos .... E então decidiram parar de brigar........ até o coração transbordar de novo.

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D.