quarta-feira, 28 de julho de 2010
sexta-feira, 16 de julho de 2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Enquanto a greve não acaba ...
quarta-feira, 16 de junho de 2010
A greve das palavras

Assassinaram a poesia e não há testemunhas confiáveis.
Céu disse que ao ver medo atirando até escureceu. Árvore falou que ao presenciar aquilo deixou algumas folhas secas caírem no local.
Terra, bem próxima da grama, afirmou ter suado frio ficando toda molhada.
Porém verdade desmascarou todas as testemunhas: O céu estava escuro pois era noite. Árvore deixou cada folha cair pois era fim de Outono e terra até parecia ter suado frio com grama ao lado, em cima, não sei... Mas a verdade é que ela estava assim devido a massa de ar fria e úmida que veio do Sul nos últimos tempos.
Ao contrário dos assassinatos comuns, nenhum curioso apareceu logo para ver o tal defunto. Não teve muvuca.
Banco continuou ali estático... com sua madeira de criado mudo... em estado de choque térmico esperando o atendimento (Para poesia e para ele que até agora não conseguiu falar nada para a perícia). Aprendizado chegou um tempão depois para recolher o "corpo".
Ali no chão só restou uma poça de letras que não são vermelhas nem pretas e ninguém se interessou por elas. Algumas, coitadas, se juntavam com a maior dificuldade formando umas sílabas, mas com poesia sem vida não conseguiam ficar nem 10 segundos juntas.
Curioso que, minutos depois do recolhimento, Verdade foi interrogar medo e ele jogou toda a culpa pra cima da confusão alegando também que o muro no qual estava escondido pra atirar não foi ele quem construiu. Verdade nem se quer prendeu Medo. Nem quer chegar perto na verdade dela pois ele já se encontra em cela especial e pode atingir qualquer um.
E então Medo continua lá, sentado, prendendo e aprisionado na própria cela.
Verdade, irônica, teve hora que até riu da situação.
Poesia, novinha tadinha, nem viveu direito e já morreu, se foi....Mas pra onde? Debaixo da terra, jogada no mar?
Dizem que evaporou...E sem sol algum.
(Este texto não é nada confiável também pois o mesmo foi feito com letras que vieram no vento a um certo papel. Jornalistas até tentaram dar a notícia em primeira mão, mas a maioria das palavras se embaralharam e saíram da tela.
Eles só conseguiram entender, depois de muito esforço e tempo, o que elas mostravam repetidas vezes: As palavras entraram em greve!!! )
=]
sábado, 12 de junho de 2010
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Discussão

E ela perguntava para seu Eu: _Por que tenho tanto sentimento em mim que chega a transbordar?
Seu Eu respondia: _ Não sei, acho que quando você foi passar naquelas filas de pegar as coisas para nascer, passou na fila do coração e pediu mais um.
Ela:_ Mas eu nasci com um só, ora!
Seu Eu:_ Sim, nascemos com um só, porém você, com cara de pidona, pediu mais uma colheradinha e a "tia", em um gesto escondido, te deu um pouco mais de sentimento.
Ela: _ Droga, vai ser burra assim longe heim! Pior que nem lembro. Fico pensando as vezes sobre ser assim e pior que fico brava quando vejo alguém dizendo que ama outra pessoa em um dia e no outro diz "to de saco cheio já", sendo que eu vivo com o coração cheio... Todos deveriam ser assim, sem saco, apenas com coração. Ou então eu que deveria ser de outro jeito.
Seu Eu: _Pare de reclamar, se quer vir contra mim, pois que venha, mas aviso que não vai ser bom.
Ela e seu Eu discutiram o dia todo.
Ela então decidiu falar com uma amiga (que também deve ter pedido mais coração antes de nascer) sobre essa discussão toda.
Sua amiga lhe disse: _ A questão é: Vivemos no ápice ou no chão...Não equalizamos que nem todo mundo.
Ela e seu Eu ficaram mudos .... E então decidiram parar de brigar........ até o coração transbordar de novo.
=]
D.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Si a veces digo que las flores sonrien

"Si a veces digo que las flores sonrien
Y si dijera que los rios cantan,
No es porque yo crea que hay sonrisas en las flores
Y cantos en el correr de los ríos...
Es porque así hago sentir más a los hombres falsos
La existencia verdaderamente real de las flores y de los ríos.
Porque escribo para que ellos me lean me sacrifico a veces
A su estupidez de sentidos...
No concuerdo conmigo pero me absuelvo,
Porque sólo soy esa cosa seria, un intérprete de la Naturaleza,
Porque hay hombres que no perciben su lenguaje,
Por que ella no es lenguaje alguno."
(Alberto Caeiro)
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